Bem-vindos

Sejam bem-vindos à oficina “Introdução ao R para análise de dados em Psicologia”. Temos como proposta ajudar pesquisadores e estudantes a fazer a transição de softwares proprietários e/ou com interfaces gráficas para uma linguagem de programação livre, gratuita e flexível.

Faz algum tempo, fizemos (e continuamos fazendo) essa transição e, partindo da premissa de que conhecimento que não se compartilha é conhecimento que se perde, decidimos criar esta oficina. Mas o que diferencia nossa proposta de vários outros cursos que ensinam R? Há excelentes cursos disponíveis, porém, em muitos casos, o aprendizado é direcionado à Ciência de Dados ou à Estatística. Dessa forma, os conteúdos, e a maneira como são apresentados, têm uma complexidade que se afasta das tarefas mais rotineiras que são demandadas de pesquisadores da Psicologia ou das Ciências Humanas e Sociais de modo geral.

Não temos a pretensão de esgotar as possibilidades que o R traz como linguagem de programação, mas adaptá-las às necessidades de nossas áreas. Por outro lado, também pretendemos fazer com que essa linguagem possa ser aprendida de forma intuitiva. A codificação a partir das funções básicas do R é muito poderosa e consegue implementar soluções incríveis, todavia, parece não ter sido criada para se adaptar a nossa linguagem do dia a dia.

Em relação a isto, o uso de um conjunto de pacotes1 chamado tidyverse aproxima a codificação da nossa linguagem natural, de modo que, além de ser lida por um computador, ela pode ser compreendida por um ser humano. São verbos, advérbios, substantivos e pronomes que facilitam o entendimento sobre de onde estamos partindo e para onde queremos chegar com as funções que utilizamos. Aqui, há um pequeno revés: todas as funções estão em inglês, de maneira que um pequeno conhecimento sobre este idioma facilita o aprendizado. Assim, talvez essa oficina fosse mais bem caracterizada como uma oficina sobre R através do tidyverse.

É preciso lembrar que, tal como conhecer novos idiomas, se familiarizar com uma linguagem de programação tem uma curva de aprendizado lenta no início, mas que pode ganhar velocidade rapidamente. O ambiente adequado para o aprendizado (nossos laptops ou usar o R online) está sempre disponível. Além disso, de um jeito ou de outro, o próprio programa nos dá feedbacks sobre nossos erros.

Contudo, repetição é necessária. Nunca copie e cole um código. Mesmo que você já tenha feito uma tarefa similar antes, ou até no script2 que você está escrevendo, digite novamente as funções3. Além de evitar erros, isto ajuda a tornar natural o seu uso e a internalizar a compreensão sobre para que servem. Por outro lado, é preciso deliberadamente se dispor a tentar codificar. Nesse sentido, o R traz consigo inúmeros bancos de dados que podem ser utilizados praticar. A despeito de todas essas advertências, não se preocupem, pois em pouco tempo, temos certeza de que codificar vai ser tão natural quanto ler e escrever em português.

Esta oficina está sendo desenvolvida e implementada pelo Laboratório de Práticas e Pesquisas em Psicologia e Educação (LAPPSIE), vinculado ao Programa de Pós-graduação Profissional em Psicologia e Políticas Públicas do campus Sobral da Universidade Federal do Ceará.

Desejamos a todos e todas uma ótima caminhada em direção a uma ciência aberta, reprodutível, compartilhável e, acima de tudo, solidária.

Aviso

A página da oficina está em construção e passando por constantes atualizações e revisões.

Notas de rodapé

  1. Um pacote R é um conjunto de funções, dados, documentação e outros recursos que podem ser instalados e usados no R. Os pacotes são uma forma de organizar e compartilhar código e dados, e podem ser usados para estender a funcionalidade do R.↩︎

  2. Um script no R é um arquivo de texto que contém uma sequência de comandos e instruções em linguagem R. Ele permite aos usuários escrever, armazenar e executar várias operações de análise de dados, modelagem estatística e outras tarefas. Os scripts R são usados para automatizar processos, documentar análises e facilitar a reprodução dos resultados. Eles podem ser executados linha por linha ou em conjunto, oferecendo uma abordagem organizada e reutilizável para trabalhar com R.↩︎

  3. Uma função no R é um bloco de código que realiza uma tarefa específica e pode receber argumentos como entrada, processá-los e retornar um resultado. Ela ajuda a organizar e reutilizar código, tornando a programação mais eficiente e modular. As funções podem ser definidas pelo usuário ou fazem parte de pacotes pré-existentes, ampliando a funcionalidade da linguagem.↩︎